Ai que saudade do Luar da minha terra
lá na serra branquejando folhas secas pelo chão.
Este Luar cá da cidade, tão escuro
não têm aquela saudade do luar lá do sertão.
Se a Lua nasce por detrás da verde mata
mais parece um Sol de prata clareando a imensidão.
E a gente pega na viola que ponteia
a canção e a lua cheia a nos nascer no coração.
Coisa mais bela nesse mundo não existe
escondida na garganta desse galo a soluçar...
Não há,ó gente,ó não...Luar como esse do Sertão
Há quem me dera se eu morresse lá na serra
abraçado à minha terra e dormindo de uma vez
ser enterrado numa grota pequenina
onde à tarde a sururina chora a sua viuvez...
Não há ,ó gente,ó não ...Luar como esse do Sertão
Autor : João Pernambuco
H.Sts
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